No próximo sábado, dia 1°, inicia o Novembro Azul – mês dedicado ao debate e à prevenção ao câncer de próstata. Sim, ele representa para os homens o que o Outubro Rosa é para as mulheres: um “chamariz” para trazer o assunto à pauta. A diferença é que as mulheres falam abertamente sobre o câncer de mama, sem pudores ou vergonhas. Já os exames de próstata, mesmo nos dias de hoje, ainda são considerados tabus por muitos homens, especialmente entre os mais velhos. Sempre que se toca no assunto muitos deles têm uma piadinha pronta ou usam de subterfúgios para não falar claramente sobre o assunto. É um problema cultural, mas de tanto os médicos e profissionais da saúde baterem nesta tecla da prevenção, parece que a situação está mudando um pouco.
Ainda bem, porque o câncer de próstata é doença séria. Sessenta mil novos casos estavam previstos para 2014 pelo Ministério da Saúde. Estimativas apontam que o câncer de próstata já afeta um em cada seis homens em todo o mundo. Os principais fatores de risco são o estilo de vida, desequilíbrio hormonal da testosterona, idade e herança genética.
O grande problema do câncer de próstata _ como o de outras doenças deste mesmo tipo _ é que geralmente no início o paciente não apresenta nenhum sintoma. Por isto a realização dos exames de rotina é fundamental para o diagnóstico precoce da doença, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Aguinaldo Nardi. A SBU está INCLUSIVE sugerindo aos parlamentares, em Brasília a criação de Centros de Referência em Saúde do Homem, para melhorar seu acesso ao SUS. Hoje, Centros de Referência da Mulher recebem as pacientes encaminhadas pelo programa de saúde da família, o que agiliza seu atendimento. Já o homem, se tiver suspeita de alguma doença, é encaminhado aos ambulatórios de especialidades e aguardará, talvez, meses para ter uma primeira consulta. Bela iniciativa, tomara que saia do papel.
