O Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura, anunciou nesta sexta-feira (4) a prorrogação do prazo da segunda etapa da Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa. Os criadores de bovinos e bubalinos no Ceará terão agora até o próximo dia 19 de dezembro para vacinar e declarar a imunização do rebanho. “Não só o Estado do Ceará mas diversos estados tiveram a autorização do Ministério do Desenvolvimento Agrário para ampliar o prazo da campanha em função da seca. Com os índices que nós temos hoje, vamos cumprir a meta de 90% do rebanho vacinado independente da prorrogação, mas jáque foi autorizada essa prorrogação, esperamos com issoultrapassar a meta estabelecida. O governador Camilo Santana tem dado todas as condições para que o Estado faça isso, pois é muito importante que o Ceará consiga avançar para continuarmos com a certificação de zona livre internacional de febre aftosa”, destacou o secretário Osmar Baquit, durante coletiva de imprensa.
A segunda etapa, iniciada no dia 2 de novembro, é executada pela Agência de Defesa Agropecuária (Adagri) em parceira com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce). Nesse período os índices lançados no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidagro), da Adagri, apontaram uma redução de 7% a 8% no número de animais vacinados quando comparado com o mesmo período da campanha, em novembro de 2014. O quadro é característico de estados do Norte e Nordeste, por isso o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) autorizou a prorrogação. “Até o final do dia de hoje deveremos alcançar o índice de 74% do rebanho vacinado e quando se encerrar a campanha ainda teremos o prazo de 15 dias para computarmos os dados e enviarmos para o Ministério. Sem dúvida os 90% serão atingidos, mais queremos ir além disso”, explicou o secretário.
Para ser reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como Zona Livre de Febre Aftosa, com vacinação, o Ceará deve atingir o índice de cobertura vacinal de bovinos e bubalinos superiores a 90%. A certificação foi alcançada pelo Estado na primeira etapa da Campanha de 2014. Ela permite ao Ceará negociar com outros estados e até com outros países, tanto animais, como carne bovina e produtos derivados. “A Ematerce, que é parceira nessa Campanha, está reestruturando a sua agenda a partir da próxima segunda-feira para que nesse período de prorrogação possamos ultrapassar a meta dos 90%. Todos os nossos escritórios e nossos técnicos estão empenhados para que essa etapa seja ainda mais vitoriosa”, destacou o presidente da Ematerce, Antônio Amorim.
As vacinas já estão disponíveis nas revendas de produtos veterinários. Após a imunização, os criadores devem declarar em um dos escritórios da Adagri ou Ematerce. O Governo do Estado também está em parceria com as secretarias de agricultura dos municípios para que seja feita a declaração. A multa para quem não vacinar seu rebanho ou não declarar é de R$ 16,00 por cabeça de animal. O produtor ficará ainda impedido de tirar a Guia de Trânsito Animal (GTA), que garante o trânsito animal para outras localidades.
“A gente ressalta que vacinar é um investimento de R$ 2 reais por cabeça animal, enquanto que aquele que não fizer esse investimento terá que dispor de R$ 16,00 por cabeça de animal, que é a multa, mais os R$ 2,00 da vacina, ou seja, terá que pagar R$ 18 reais por cabeça de animal. Fora isso temos que ressaltar a importância da vacina. Quando eu vacino a doença não estará na minha propriedade, meu rebanho estará sadio, isso é o mais importante. Porque a multa é a consequência de quem não está na lei. Ele será autuado e atéa situação se regularizar a propriedade ficará interditada, sendo proibido o trânsito de animais. É um transtorno grande, por isso pedimos o apoio dos produtores que ainda não vacinaram ou não declararam a vacinação que o façam, pois não é interesse do Governo do Estado, da Adagri, multar”, reforçou o presidente da Adagri, Francisco Augusto Júnior,
Sobre a Febre Aftosa
A Febre Aftosa é uma enfermidade altamente contagiosa que atinge a todos os animais de casco fendido, principalmente bovinos, bubalinos, suínos, ovinos e caprinos e, devido seu grande poder de difusão, pode interferir no comércio estadual, interestadual ou internacional de animais, seus produtos e subprodutos e causar prejuízos à economia do Estado.
Participaram da coletiva o diretor de sanidade Animal, José Amorim Sobreira Neto, e o coordenador estadual da campanha Joaquim Sampaio.
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