Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Ceará

HISTÓRIAS DE MULHERES QUE INSPIRAM

Carolina Machado : a mulher na profissão de veterinária

Turma pequena, poucos estágios disponíveis, poucos veterinários trabalhando com produção animal no estado, pouca experiência…  Nada disso me desmotivou e eu fui a única mulher da minha turma, a querer trabalhar com bovinos de leite, a sair do estado para o estágio supervisionado em Minas Gerais em Produção Animal e  que acabou levando-me a viver 10 anos fora do país atuando na área.

Ao longo de todos estes anos,  a inserção das mulheres da área de Ciências Agrárias, atuando no agronegócio cearense,  só vem aumentando, a passos bem lentos, confesso, mas conseguimos  debater, atuar, conviver com uma realidade anteriormente totalmente masculina e somos reconhecidas por isso,
disse Carolina Machado, médica veretinária coordenadora técnica especial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR- no Ceará.

Não podemos negar que ainda há desconfiança e preconceito por parte de alguns, mas o conhecimento e o poder da argumentação rebate qualquer problema que possamos encontrar pela frente. Há quase oito anos trabalhando no SENAR/AR-CE  tenho orgulho de dizer que fui a primeira mulher da área de Ciências Agrárias a compor o quadro na Diretoria Técnica. Hoje somos várias, inclusive nossa diretora e independente de masculino e feminino todos conseguimos, igualmente, conduzir nosso trabalho e levar a missão da instituição aos quatro cantos do estado, atesta Carolina Machado.

 

Diretora Técnica do SENAR destaca suas experiências

Há anos, as mulheres têm lutado para garantir seus direitos – alguns deles básicos – e cada vez mais elas têm conseguido conquistar seu espaço e ter voz diante da sociedade. Os movimentos de empoderamento feminino têm ganhado cada vez mais força e  relevância e isso é fundamental para que pautas relacionadas à igualdade de gênero continuem sendo discutidas e ganhem mais visibilidade. E não para por aí. As mulheres ainda são alvo de diversos preconceitos no mercado de trabalho e por isso acabam sendo excluídas de determinadas áreas, ou recebendo menos oportunidades.  

Felizmente, a situação tem sido revertida e as mulheres estão cada vez mais presentes em vários espaços quanto em posições de liderança, e algumas empresas estão inclusive incentivando a contratação dessas profissionais. Podemos citar o caso do Sistema FAEC/SENAR/SINRURAL, pois a maioria das funcionárias são mulheres e os cargos de diretorias e de coordenações, também, são ocupados por mulheres. Sendo assim, a cada dia as mulheres vem ganhando seu espaço no agronegócio, seja trabalhando em empresas ou no comando das propriedades rurais. Já estou há 22 anos trabalhando no Sistema e a minha motivação e amor pelo que faço, só aumenta e a cada dia vou cumprinho meus desafios e as minhas metas, fruto de um trabalho em equipe, onde a maioria dos integrantes são mulheres!! Então, encerro o meu depoimento com uma frase em que todas as mulheres devem repetir todos os dias:  Lugar de mulher é onde ela quiser, fazendo o que ela quiser e não podemos deixar que isso seja diferente!

 

JUSSARA DIAS: De Presidente de Sindicato a advogada

Cresci no meio rural em Tamboril, onde meu pai era produtor rural e foi o fundador do Sindicato Rural da cidade. Com ele , toda a familia aprendeu as lidas do campo. Mais trarde, me vi o substituindo no Sindicato Rural onde também fui presidente e procurei incentivar a participação feminina na liderança da propriedade . Me formei em advogacia e há alguns anos sou Assessora Jurídica do SENAR, mas sempre atenta às informações que dizem respeito a vida no campo e a melhoria da qualidade de vida de todos e todas, disse Jussara Dias.

Todo trabalho é uma missão. E desenvolver um trabalho que faz parte da engrenagem que leva qualidade de vida ao homem do campo cearense é uma missão satisfatória.
Fazer parte do Sistema Faec/Senar auxiliando na entrega diária da representatividade, ensino e qualificação do homem do campo, me deixa mais próxima da realidade onde nasci, fui criada e nunca me desliguei, que é a realidade do sertanejo. É uma honra, por meio do meu trabalho, servir a classe produtora rural.
A participação feminina no setor vem crescendo a cada dia, nas mais diversas áreas e formas de atuação. As possibilidades são infinitas e nós mulheres temos plena capacidade de contribuir para o crescimento e movimento dessa engrenagem que é o Agro.