O Banco do Nordeste, operador exclusivo do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), reuniu hoje,11,no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceara-FAEC, grupo do setor produtivo da agropecuária, indústria , comércio e serviços, para construção da programação de aplicação do recurso para o ano de 2018 no Estado. Para o Ceará, está projetado o montante de R$ 2,28 bilhões. O evento contou com a presença do Presidente do BNB, Marcos Holanda que anunciou ser o Banco o maior investidor da agropecuária no Nordeste, com aplicação de 70% do crédito rural . O FNE é um instrumento fundamental para o Nordeste e 2018 vai ser um ano de muitas realizações, principalmente na área de investimentos, uma linha nova que a região precisa para crescer mais , principalmente na área de infraestrutura de água, energia e saneamento, informou Marcos Holanda .
O Secretário de Planejamento do Estado , Francisco de Queiroz Maia Junior, apresentou uma panorama da atração de investidores para o Ceará em 2018 , como as concessões do Aeroporto, Porto do Pecém , Aquário, mas destacou também as realizações feitas até o momento nas áreas de . Infraestrutura ,educação, saúde, segurança pública, que representam uma estratégia voltadas para a educação, recursos hídricos, combate à pobreza e capital humano.Tem três grandes projetos que são importantíssimos para o Ceará , que é o plano para reanimar a economia do Ceará ( plano de desenvolvimento econômico) , o Plano de combate à Pobreza e o lançamento do Pacto pelo Conhecimento, pois não há transformação sem uma base de conhecimento e educação tecnológica, anunciou Maia Junior.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará-FAEC, Flávio Saboya
Apresentou as perspectivas do setor agropecuário , que segundo ele fica evidenciado num primeiro olhar onde mais de 90% do território cearense está no semiárido, onde vive 56% da população , ou seja, algo em torno de 4,7 milhões de habitantes. Saboya apresentou números da agropecuária de sequeiro, referente a 2009, ano considerado normal, onde a renda gerada na agropecuária em valor bruto de produção ( VBP) foi superior a 4 bilhões. A seguir o presidente da FAEC, apresentou as seguintes propostas:
Diante do esfacelamento do setor, causado pelos seis anos de secas e contando com uma provável volta à normalidade climática, urge que sejam adotadas medidas de caráter emergencial e outras estruturantes e preventivas, tais como:
- Incremento de ações conjuntas envolvendo todas as entidades públicas e privadas, no sentido de elaborar um Plano que vise intensificar as atividades e a reorganização das cadeias produtivas da agropecuária, onde se destacam: a bovinocultura de leite, a ovinocaprinocultura, a aquicultura, a apicultura, a cajucultura e a avicultura familiar;
- Implementação de um programa destinado às áreas irrigadas, para a retomada da fruticultura, praticamente paralisada pela falta de fornecimento d’água, cuja prioridade passou a ser o abastecimento humano;
- Criação de um programa de Reserva Estratégica Alimentar dos Rebanhos;
- Além das ações conjuntas, há necessidade de constituição de um Grupo Multi-Institucional e Permanente, cuja finalidade, precípua seria a formulação de estratégias operacionais, direcionadas ao desenvolvimento contínuo da agropecuária e do setor rural.
- Por se tratar da cadeia produtiva mais expressiva do agronegócio cearense, a bovinocultura de leite, nesse período de secas, amargou prejuízos e danos quase irreparáveis, como é o caso das perdas de parte dos seus ativos vivos, merecendo, portanto, um olhar especial do governo, como a instituição de uma Política Tributária que beneficie a exploração da pecuária e dê tratamento isonômico ao aplicado em outras unidades da federação.
O que aqui expusemos são apenas alguns tópicos do muito que precisa ser feito em prol da agropecuária cearense. Porém, é importante destacar que nestes últimos anos a FAEC, em trabalhos conjuntos com outras entidades como a ADECE e representantes de suas Câmaras Setoriais, já produziu diversos documentos com proposições detalhadas das ações necessárias à retomada do crescimento do setor, disse Flávio Saboya.
Sobre o FNE
A apresentação das aplicações do FNE no Estado do Ceará de 2016 e do primeiro semestre de 2017 foi realizada pelo superintendente estadual do Ceará, Jorge Antonio Bagdeve de Oliveira. O recurso será aplicado nos diversos segmentos produtivos beneficiados com recurso do FNE, como agricultura, pecuária, indústria, agroindústria, turismo, infraestrutura, comércio e serviços.
“Trata-se de momento importante para o Banco e para a sociedade cearense, considerando que abrimos oportunidade para manifestação dos diversos setores produtivos, representados pelas suas entidades de classe, suas federações e secretarias do governo, no que diz respeito à aplicação do FNE para o ano de 2018”, destacou o superintendente estadual do Banco do Nordeste no Ceará, Jorge Antônio Bagdeve de Oliveira
Presenças
O encontro, contou com a participação da secretária de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração Nacional, Celine de Jesus Jardim Dória, do diretor de Planejamento do Banco do Nordeste, Perpétuo Socorro Cajazeiras, o superintendente de Políticas de Desenvolvimento do Banco do Nordeste, José Danilo do Nascimento, quatro representantes da FIEC -Federacai das Indústrias do Estado do Ceara, Fernando Castelo Branco, Coordenador do Núcleo de Economia, Heitor Studart, Coordenador do Núcleo de Infraestrutura, Rafael Figueiredo, Gerente da Unidade de Fomento, Joaquim Rolim, Núcleo de Energia, o Presidente da Associação Comercial, João Porto Guimarães e representando o Sebrae-Ce, o diretor técnico, Alco Porto, Paulo Sombra, gerente de relação com investidores da ADECE.
Att
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