O Estado do Ceará participou no ultimo 25 de outubro , em Brasília, do Movimento Brasil Equestre ” Vaquejada Legal” , com uma caravana composta em torno de 400 vaqueiros e cavaleiros, perfazendo cerca de 5 mil vaqueiros de todo o Brasil, incluindo os representantes da ACEVAQ, ABEVAQ, dos Sindicatos Rurais de Cascavel e Maranguape, onde diversos produtores são criadores de cavalos e praticam a atividade .
O Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará -FAEC, Flávio Viriato Saboya Neto, também tomou parte do evento, ao lado do superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural- SENAR-CE, Paulo Hélder Braga, que devido a importância da equinocultura no Ceará incluiu cursos de capacitação nessa área, na grade de programação do Senar, sem esquecer que o segmento de equinocultura já é presença marcante dentro do PECNORDESTE- Seminário Nordestino de Pecuária, realizado há 22 anos pelo Sistema FAEC/ SENAR- CE.
Senador Eunício apresenta projeto de lei
Após a manifestação em frente ao Congresso Nacional, as lideranças e vaqueiros cearenses, incluindo os deputados Daniel Oliveira e Victor Valim, foram recebidos no gabinete do senador Eunício Oliveira (PMDB) , que apresentou Projeto de Lei ( No. 378/2016), dispondo sobre a prática esportiva da vaquejada. Em seu parágrafo único a Lei diz que “ a vaquejada constitui manifestação da cultura popular protegida pela Constituição da República Federativa do Brasil nos termos do caput e do $ do artigo 215. O senador destaca ainda, que a profissão de vaqueiro encontra-se, regulamentada pela Lei 10.220, de 11 de abril de 2011, que institui normas gerais relativas á atividade de peão de rodeio, equiparando-o a atleta profissional.
FAEC FAZ MANIFESTO
O Presidente da FAEC, Flavio Saboya procurado por representantes da Associação Cearense de Vaquejadas-ACEVAQ e da Associação Brasileira de Vaquejadas- ABVAQ, fez um manifesto de apoio favorável à prática da vaquejada, considerando ” equivocada” a posicão do STF que suspendeu em todo o país, a prática da Vaquejada, como modalidade esportiva. ” Acredito numa reanálise da questão e no restabelecimento da Vaquejada”, disse.
No ultimo dia 18 de outubro , ele recebeu em seu Gabinete na sede do Sistema FAEC/SENAR-CE ,o Presidente do Sindicato Rural de Maranguape e membro da ACEVAQ, Eduardo Peixoto Rolim, que comunicou a realização do grande movimento Nacional dos vaqueiros .O presidente dos Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Hélder Filho, também integrou a caravana, sendo um dos grandes criadores de cavalos quarto de milha no Estado. Ele disse que os deputados Daniel Oliveira e Victor Valim, ambos do PMDB, foram os primeiros a dar apoio ao movimento e acredita que o projeto de lei do Senador Eunício será aprovado.
SETOR MOVIMENTA 720 MIL EMPREGOS
Segundo Flavio Saboya, o setor movimenta em torno de 720 mil empregos diretos e cerca de R$700 milhões de reais no Brasil , somente no Ceará, são 120 mil empregos . Para ele, há um desconhecimento dos aspectos culturais , a tradição do povo Nordestino e em especial, do sertanejo e que, em última análise foram os grandes responsáveis pelo desbravamento do nosso campo e pelo nascimento de villas que se tornaram cidades. Além dos aspectos citados, há que de destacar o papel social da Vaquejada que movimenta inúmeras categorias profissionais como : vaqueiros, tratadores, casqueadores, fabricantes de arreios, motoristas, juízes, locutores, veterinário e muitas outras, destaca Saboya.
O presidente do Sinrural de Maranguape, informou que os vaqueiros e cavaleiros estão esperando um engajamento de maior número de parlamentares. Segundo Eduardo, há muitos anos as entidades representativas do setor criaram novos mecanismos como o protetor de cauda, acabando de vez a possibilidade de quebra do rabo . Ele destacou ainda, a Lei 12.870, de 15 de outubro de 2012, que dispõe sobre o exercício da atividade profissional de vaqueiro.
